sábado, 30 de julho de 2011

Vinte e Nove de Julho

      
       Quando olho ao redor, busco sempre por algo, é uma busca incessante e inconsciente. Se me perguntarem o que busco quando meu olhar percorre minuciosamente cada canto, cada rua sem fim, eu não saberei explicar, sei bem que você não está lá, sei que de nada adianta perder noites de sono chorando, caminhar solitária na noite escura.

       Quando meu olhar se perde, a busca está ocorrendo dentro de mim, sentimentos se entrelaçam, e tudo que eu quero é que você esteja bem onde estiver. Que haja uma ligação onde nossos pensamentos comunguem da mesma paz, e é essa minha busca, paz, porque o amor só com você por perto.

      E enquanto você não me chega olho pra lua, e recordo cada momento que vivemos juntos, e eu sei que sem você por perto nada tem graça, tudo perde a cor, mas sei também que essa é nossa realidade. Então aguardo você chegar com meu mais belo sorriso, porque o que vale hoje é o que você me faz sentir. Preciso dizer que te amo?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Solidão


        O coração fica apertado, dói demais à solidão. Falaram-me que é assim mesmo, mas que logo passará. Esse “logo” demora tanto! Talvez demore porque eu revivo a cada momento do dia a felicidade que é passado, mas o que posso fazer se esse passado é tudo que tenho nesse presente. Querer arrancar de dentro de mim um sentimento é desprezar a beleza que é própria dele, um amor que não exige que apenas ame e por nada ou ame por tudo.


Estou confusa! Alegre demais, triste ao extremo... Corro, fico parada e nada sei... Não sei mesmo, mas se quer saber, também não quero saber de nada, quero apenas essa falsa verdade que me faz tão bem!      By: Sandra Freitas


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ser como é, ou ser como querem...

     
O ser humano tem uma necessidade imensa de agradar aos outros em primeiro lugar, desta forma, vindo muitas vezes a anular à pessoa que se é de verdade. Acredito que querer ser outra pessoa é desperdiçar a essência de ser um ser único, que deseja em sua subjetividade, e que não podendo executar esses desejos se torna um animal domesticado. O animal domesticado perde sua autonomia e passa a ser dominado, ele se entristece no cativeiro.
       Temos o poder de decidir, e decidir por isso ou aquilo parece algo doloroso, porque se perde algo para adquirir aquilo pelo qual se apitou e isso nem sempre é seguro. Mas o que é seguro? Se formos pensar bem não há nada seguro, não há nada eterno, então correr riscos faz parte da vida, e talvez seja isso que faça a vida ser vida tendo emoção.  
       É normal hesitar diante de uma situação que pareça insegura, mas não dá para passar a vida toda evitando tomar atitudes, isso é anular-se. Não dá pra usar máscaras o tempo todo, elas caem. Quando se aceita uma situação para agradar ao outro se perde de si, se perde a chance de viver outro momento.
       Mas nada melhor que o tempo, com o tempo percebe-se que para ser feliz com outra pessoa é preciso em primeiro lugar ser feliz consigo próprio, é preciso aceitar-se tal qual é, e nesse momento tem-se a chance de ver que não se faz necessária a máscara e que amor é aceitação. Quando há doação sincera não há necessidade de fingir ser alguém perfeitinho, ou seja, se há verdade o outro saberá que não há pessoa perfeitinha. Somos apenas pessoas, mas somos pessoas únicas.

“Durante toda a minha vida tenho tentado agradar a outros. Durante toda minha vida agi como os outros. Nunca mais farei isto! Se eu perder meu tempo tentando ser outra pessoa, quem perderá tempo para ser eu?”      Byron Mickow